Mundo do chá

CHÁ, SAÚDE E BEM-ESTAR

O chá está na moda no mundo inteiro pelos benefícios que oferecem. Neste sentido, cada vez mais são os estudos sobre os efeitos benéficos dos componentes desta planta à saúde, sempre que seja incorporada esta infusão à dieta habitual.

Concretamente, destacam-se os seguintes benefícios:

  • Os polifenóis do chá são antioxidantes que protegem o organismo do envelhecimento celular, contribuindo  no equilíbrio dos níveis de colesterol e ajudando o corpo a absorver menos gordura.
  • Sua quantidade de flúor previne a formação de cáries.
  • A teofilina exerce um efeito diurético e também vasodilatador.
  • A teína é um “estimulante suave” do sistema nervoso central, despertando a mente.

 

ANTIOXIDANTES NO CHÁ

 Diversos estudos realizados em laboratórios de diferentes países encontraram no chá substâncias que tradicionalmente têm mostrado sua eficácia na prevenção,  controle e redução de alguns tipos de câncer ou tumores cancerígenos.

Mesmo levando em consideração a prudência dos pesquisadores, as conclusões de vários experimentos feitos, parece haver uma concordância na teoria de que os flavonóides, compostos orgânicos presentes no chá com propriedades antioxidantes, em certos casos exercem uma ação inibidora desta doença.

A temperatura na qual se ingere a infusão também pode ser determinante em um sentido ou outro. As propriedades antioxidantes dos flavonóides tendem a desaparecer quando o chá é consumido muito quente. Pesquisas realizadas na China em 1994 demonstraram que no câncer de esôfago, em cuja prevenção o chá tem um papel importante, dava-se essa relação. Assim, os efeitos positivos do chá diminuíam na medida em que aumentava a temperatura na qual era consumido.

As qualidades antioxidantes dos flavonóides também se podem observar no órgão mais importante do nosso corpo: o coração.

As pesquisas realizadas até o momento estabeleceram um vínculo entre o consumo de 4 ou 5 xícaras de chá por dia e o baixa do nível de colesterol no sangue e a regulagem da tensão arterial.

O CHÁ CONTRIBUI PARA A SAÚDE CARDIOVASCULAR

O chá tem mostrado sua eficácia na redução do colesterol e triglicerídeos (dos tipos de gorduras presentes no sangue) tal e como demonstram alguns estudos realizados na Grã-Bretanha e Noruega:

  • Na primeira experiência, cujos resultados foram publicados em 1992, 4.317 homens e 1.698 mulheres apresentaram sinais evidentes de que na medida em que crescia a ingestão de chá baixavam os níveis de colesterol no sangue.
  • No mesmo ano, 9.856 noruegueses e 10.233 norueguesas entre 35 e 49 anos foram submetidos a idêntico estudo comprovando-se também uma apreciável baixa do  colesterol. Desta forma, procedeu-se a análise da influência do chá na tensão arterial chegando-se à conclusão de que um consumo de 4 ou 5 xícaras diárias consegue  reduzir o valor máximo ou sistólico da mesma.

Seu baixo teor de sódio e a presença de potássio, dos elementos que tradicionalmente se associam ao controle da tensão, explicariam o papel regulador da infusão (outros 2 estudos realizados entre amplos grupos da população parecem dar aval à tese de que o consumo regular de chá reduz o risco de que se possam sofrer acidentes cardiovasculares).

A ação dos flavonóides, comprovada em vários experimentos de laboratório, seria a responsável por este efeito benéfico. No entanto, e igualmente ao que ocorreria com os exames efetuados para determinar a incidência positiva do chá na prevenção do câncer, existem dificuldades para isolar o papel da bebida no conjunto da dieta seguida pelas pessoas submetidas ao controle. Sabe-se, por outra parte, que o corpo humano precisa dos flavonóides por suas propriedades antioxidantes e que o chá é, em muitos países, a principal fonte de fornecimento deste importante composto orgânico.

Notas de pé de página

*Oxidação: reação química produzida pelo contato de uma substância com o oxigênio, dando lugar a transformações nos componentes iniciais da matéria oxidada.

*Fermentação: degradação de substâncias orgânicas pela ação de enzimas microbianos (bactérias).

*As informações que acabamos de enunciar são GENÉRICAS e podem apresentar variações substanciais dependendo da fonte que procederem.

*Como expertos en té, nuestra filosofía es poner en manos de nuestros vendedores profesionales todas las informaciones que tengan una fuente segura sin por eso excluir las distintas opiniones referentes al té y sus grandes propiedades beneficiosas.


 

Fase Olfativa

A DEGUSTAÇÃO DO CHÁ

Fase Olfativa


Sempre é preciso cheirá-lo durante um bom tempo antes de tocá-lo com os lábios.

É essencial aproximar o nariz à superfície e aprender a girar breve mais eficazmente a xícara para que a agitação do líquido provoque a evaporação de seus elementos aromáticos.

 

Estes se subdividem em uma coleção de ‘séries’ que a experiência e a degustação junto a espertos nos ajudarão a dominar.

Segundo as pautas clássicas, os aromas se subdividem nestas séries:

  • animal (couro, manteiga,…)
  • floral (orquídea, rosa, jasmim…)
  • florestal (cerrado, terra úmida, cogumelos,…)
  • vegetal (verdura, aspargos, espinafres, ervilhas, …)
  • erval (erva, feno, plantas frescas …)
  • frutado (maçã, uva, pêssego, frutas vermelhas, frutas exóticas…)
  • balsámica (eucalipto, alcaçuz,…)
  • de madeira (sândalo, cedro, pinheiro, resina,…)
  • condimentada (pimenta, canela, …)
  • tostada (tabaco, caramelo, cacau, torrefação…)
  • marinha (água do mar, algas, iodo, …)

 


 

Fase Palatino

Fase Palatino

O sabor depende da estimulação das nossas chamadas "papilas gustativas", que se situam preferencialmente na nossa língua, embora algumas se situem no paladar; a sua sensibilidade é variável.

Os nervos (principalmente faciais) ligados às papilas gustativas transmitem impulsos para o centro nervoso localizado na medula (continuação da medula onde começa a coluna vertebral); a partir daqui, os impulsos são transmitidos para a face superior e interna do lobo parietal, estreitamente relacionados com a área do cérebro associada ao olfacto.

As quase 10.000 papilas gustativas que o homem possui estão distribuídas de forma desigual pela face superior da língua, onde formam manchas sensíveis a certas classes de compostos químicos que induzem as sensações gustativas. Em geral, as papilas gustativas sensíveis aos sabores doce e salgado concentram-se na ponta da língua, as sensíveis à acidez nos lados e as sensíveis ao amargo no dorso.

Os produtos químicos alimentares são dissolvidos na humidade da boca e penetram nas papilas gustativas através dos poros da superfície da língua, onde entram em contacto com as células sensoriais. Quando um receptor é estimulado por uma das substâncias dissolvidas, ele envia impulsos nervosos para o cérebro. A frequência de repetição dos impulsos indica a intensidade do sabor.

O que normalmente chamamos de "sabor" é na verdade o "sabor", que resulta da interacção dos sentidos do paladar e do olfacto. Outras sensações que obtemos dos alimentos, o sabor picante de uma menta forte ou o efervescência de bebidas espumantes, bem como a textura, temperatura e apresentação, também fazem parte da experiência gustativa.

80% do que percebemos como sabor é, na verdade, o cheiro. Os humanos são capazes de distinguir cerca de 20.000 cheiros diferentes, cada um com 10 ou mais graus de intensidade diferentes. O olfacto é activado quando os odores chegam aos receptores olfactivos na cavidade nasal por duas vias: a inalação através das narinas e através da parte interior da boca, quando mastigamos e engolimos.


Fase Visual

Fase Visual

Observa-se a limpidez e a cor (intensidade, matizes, transparência). O aspecto do chá diz muito sobre ele, a cor é o primeiro contato, e seu aspecto deve nos convidar a bebê-lo. A intensidade da cor dá uma ideia mais precisa do corpo do chá e de sua estrutura tânica. Se a cor é forte, profunda e concentrada, existem muitas possibilidades de que o chá seja também forte, robusto e rico em substâncias tânicas, e contrariamente, se a cor é fraca, o chá será seguramente leve de corpo e mais curto na boca, o que não impedirá absolutamente que seja agradável, rico, sem defeitos e que defenda à perfeição uma tipologia concreta.

A cor tem múltiplos matizes que nos indicam o grau de oxidação do chá ou nos falam de processos de produção. O amarelo esverdeado dos chás verdes japoneses nos leva a seu processo de vaporização. Entretanto, os verdes chineses que passaram pela torrefação adquirem tonalidades mais cobreadas e falamos de ouro velho, cobre ou amarelo pálido.

A limpidez mede a presença de partículas em suspensão em um chá. No se deve confundir com a turbidez, que é conseqüência de uma má conservação, ou de estar utilizando folhas velhas e rasgadas. Se analisarmos a limpidez, determinaremos se um chá é brilhante, limpo, transparente, mate, opaco, sujo, apagado, turvo, etc. A limpidez, a transparência e o brilho são qualidades adequadas para os chás brancos, verdes e oolongs, em no caso dos pretos e vermelhos podem se encontrar límpidos que no sejam excessivamente transparentes, já que a transparência depende do grau de intensidade de sua cor.

As cores do chá

Glossário de degustação

Glossário de degustação

A continuación, encontraréis las definiciones detalladas de los descriptores de cata utilizados en el presente manual.

  • Ácido: Sabor ácido, muito pronunciado, combinado com amargor, característico de alguns cítricos como o grapefruit.
  • Acritude: Desagradável aspereza por excesso de ácidos.
  • Adstringente: Sensação seca que não se deve confundir com amargo. Percebe-se fundamentalmente nas gengivas (produzindo a impressão que de contração das mucosas)
  • Amadeirado: Matiz aromático que faz referência às árvores aromáticas de alguns bosques. (cedro, sândalo, etc.)
  • Amargo: As substâncias com sabor amargo pertencem à família dos compostos fenólicos ou polifenóis. Sua sensação amarga vem acompanhada geralmente da adstringência e é difícil separar estas duas sensações.
  • Apagado: Opaco, insípido, falta de vivacidade.
  • Aromático: Chá fragrante, rico em aromas e gostos.
  • Áspero: Chá com uma forte presencia de taninos, o que produz uma sensação táctil na boca.
  • Aveludado: Sedoso, suave, meloso, que acaricia o paladar.
  • Avinagrado: Acético, estragado.
  • Balsâmico: aroma pungente característico de muitas plantas medicinais (eucalipto, menta, alcaçuz, etc.)
  • Brilhante: Impressão visual que produz um chá de perfeita limpidez, com reflexos cristalinos.
  • Caramelizado: Denominação dos aromas e sabores próprios da caramelização do açúcar.
  • Carnudo: Chá denso, espesso, que preenche bem a boca.
  • Cedro: Término utilizado para descrever o aroma um tanto perfumado desta madeira macia.
  • Comprido: Que deixa uma gosto que perdura na boca. Característica positiva.
  • Condimentado: Aroma e sabor de especiarias, sensações condimentadas.
  • Cru: Falta de maturação e excessiva e acentuada acidez.
  • Corpo: Peso e volume do chá na boca. Conjunto de sensações táteis.
  • Curto: Que fica muito pouco tempo no paladar. Não necessariamente de má qualidade.
  • Delgado: Descrição de um chá com carências de sabor. Falta de corpo.
  • Delicado: Chá pouco robusto, mas agradável.
  • Denso: Chá de corpo robusto, espesso e de muita consistência. Volumoso.
  • Desequilibrado: Falta de harmonia em seu sabor e aroma.
  • Duro: Descrição de um chá apertado entre seus componentes, com excesso de tanino ou de acidez.
  • Equilibrado: Descrição aplicada aos chás harmônicos, com exatidão entre todos os seus componentes.
  • Esgotado: Que perdeu suas características aromáticas, sua fineza, seus tons frutais; que se percebe plano e abatido.
  • Espesso: Com muito corpo, robusto, com cor potente e denso.
  • Floral: Com aroma de flores. Pode ser de flores em geral ou de flores concretas, rosa, jasmim, etc.
  • Fraco: Chá pouco definido, pobre.
  • Fresco: Chá jovem que conserva a vitalidade e acidez.
  • Frutado: É um chá que contém o perfume da uva madura e fresca. Também se aplica a outras frutas.
  • Grosso: Chá um tanto vulgar. Robusto e demasiadamente colorido.
  • Erval: Sensação que percebida no nariz e na boca, lembra a erva recém cortada.
  • Jovem: Termo utilizado para descrever os chás de colheitas da primavera.
  • Leve: que não pesa na boca.
  • Límpido: Transparente.
  • Limpo: Ausência de cheiros estranhos ou desagradáveis.
  • Macio: Termo utilizado para definir chás inconsistentes, sem personalidade.
  • Maduro: chás pertencentes a colheitas posteriores a de primavera. Sabores evoluídos.
  • Maltado: com aromas que lembram o grão de cevada tostado (malte), utilizado na elaboração de cervejas e whisky.
  • Meloso: Suave, agradável, sem arestas nem estridências.
  • Metálico: Propriedade defeituosa no chá que recorda o gosto do metal. Pode ou não ser provocado por indesejável contato com elementos de metal.
  • Mineral: sabor que chega ao chá através do contato com minerais da terra de cultivo. Não confundir com terroso.
  • Mofo: Sabor indesejável devido a defeitos das folhas ou à má armazenagem.
  • Opaco: Expressão que exemplifica um chá sem brilho. No nariz e na boca, fraco, desinteressado.
  • Oxidado: Que devido ao contato com o oxigênio, perdeu suas qualidades gustativas e mudou a cor.
  • Pastoso: Que adere ao paladar.
  • Penetrante: Poderoso, de aromas potentes.
  • Redondo: Bem equilibrado, maduro, harmônico, agradável ao paladar, sem arestas.
  • Refrescante: Com agradável acidez que acalma a sede.
  • Resinoso: aroma derivado das madeiras, com maior teor alcoólico.
  • Robusto: Termo usado para qualificar um chá consistente. Com vigor, de encorpado, redondo.
  • Seco: Cortante. Falta de vigor e vitalidade.
  • Sedoso: Que possui textura firme, entretanto suave ao paladar.
  • Suave: Sedoso e aveludado, meloso, de tato agradável.
  • Tânico: Adstringente por uma presença excessiva de taninos.
  • Taninos: Substância natural no chá de ação curtida.
  • Terroso: Que lembra terra. Aroma entre terra recém molhada e pó.
  • Torrado: É a sensação entre doce e tostado do açúcar caramelizado.
  • Turvo: Aspecto pouco transparente do chá.
  • Velado: Pouco limpo.
  • Velho: Excessivamente maduro. Falta de frescor.
  • Verde: Dito de um chá preto, que teve uma oxidação insuficiente.